30.11.08

DIA DA PROCURA


Acordo no prolongamento de um silêncio que acabou. Depois da água quente, a roupa escolhida para o dia da procura. Saio depressa com o vento e vou, sem que as pernas travem o pensamento. Vou-me ajoelhar em frente ao que quero. Vou-me despentear ao que não quero. O dia da procura é o dia das coisas que morrem, é o tempo das que vêm. Acordo no prolongamento de um silêncio que, depois da água quente, se transforma.

29.11.08

ENTRAVE AOS ENTRAVES


Quando estou longe, o tempo parece-me mais gordo. Esticam-se as horas que reinvento, desdobram-se os dias que reformulo. As noites são o silêncio. O corpo é a inteireza do que se desperta. Porque não existem entraves.

28.11.08

CANÇÕES BONITAS


Dia de partida. Ao sol que se inventa. O adeus é pequeno. Está perto o regresso das bonitas canções.

DOBRAS E GRITOS (28)

À inquietação colocada aqui, respondo com veemência: o amor, antes de ser sentimento, é grandiosa capacidade. Ficam de fora alguns. Lamento.

27.11.08

"SEI QUE NÃO VOU POR AÍ"


Antes, acreditava ser possível ensinar sem sorriso, perceber sem humor e estar, sem atitude positiva. Naquele tempo julgava a cara feia, indício de autoridade, a pasta de cabedal dava-me muito mais poder do que as palavras. Naquele tempo a escola era o lugar da postura erecta e do olhar sobranceiro, lugar de poucos risos e muita força.
Depois dos anos que ensinam mais que os livros, percebo que não sabia nada de nada. Hoje mastigo os disparates todos que proferia com uma gorda certeza. A certeza tola que se tem quando os trinta anos ainda não chegaram para avisar sobre a ignorância. Hoje a escola deixou de ser lugar de postura erecta para ser o lugar onde me divirto com posturas sobranceiras e poderes sérios. Hoje a escola é o lugar para onde vou aprender, lugar onde me sento a olhar. Em turma de teatro há sempre surpresas:
- Professora, já ouviu o Francisco declamar o Cântico Negro?
- Não, porquê?
- Então ouça. Vá Francisco, começa.
E o Francisco começou. Olhou para mim com os olhos firmes nas frases que o faziam sentir o que dizia bem alto:

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?


Continuava convicto, cada letra lhe saia com a força do poder que ali estava:

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !

Em outro tempo não teria conseguido ouvi-lo, puniria o Francisco com todos os poderes que julgava possuir. Hoje aprendo a ternura, a raiva, o amor e o ódio dos alunos, dos que me ouvem sem saber quem sou, dos que acreditam no que digo sem que lhes dê qualquer prova. Hoje olho para eles e sei-os pessoas, raivas e amores que deitam fora quando a memória grita alto :


A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!


Quando o Francisco olhou para o chão e agradeceu as palmas da turma, entendi que há gestos muito mais poderosos que todos os manuais de Filosofia, que há pessoas que choram por dentro todos os dias, quando se sentam para ouvir aquilo que sou obrigada a ensinar. Depois, fico a saber que o Francisco é muito maior quando diz as palavras do poeta do que quando repete o manual que é obrigado a saber.

26.11.08

19 - JOSÉ MALHOA


José Malhoa nasceu nas Caldas da Rainha em 28 de Abril de 1855.
Com apenas 12 anos entrou para a escola de Belas Artes. Em todos os anos ganhou o primeiro prémio, devido a enormes qualidade artísticas.
Realizou inúmeras exposições, tanto em Portugal como no estrangeiro. Foi pioneiro do Naturalismo em Portugal.
Destacou-se também por ser um dos pintores portugueses que mais se aproximou da corrente artística Impressionista.
Foi o primeiro presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago. Em 1933, ano da sua morte, foi criado o Museu de José Malhoa nas Caldas da Rainha.

25.11.08

COMEÇOS


Viram-se as costas aos que representam a raiva, o desespero e a inércia. Despe-se a roupa gasta e deita-se no lixo. Viram-se, todas as coisas, para o início.

24.11.08

DIZEM QUE OS HOMENS SÃO TODOS IGUAIS


À afirmação recuso veracidade. À ideia proponho justificação. São as mulheres mães, que assumem responsabilidade no acto exagerado de mimar os filhos homens. O filho futuro homem, o que se ajuda a crescer, parece sempre diferente, protegido de qualquer crítica. O mimo que se lhe dedica acaba por reverter a desfavor.
São as mulheres mães que educam os homens, são elas que lhes proporcionam o entendimento do mundo feminino. Quando o tempo passa e as mães deixam de lavar a roupa e fazer a cama, os petizes-homens, não adquirem competências nem independência. A servil mãezinha está sempre lá para colocar as cuecas na máquina. A que julga que amar é servir, continua a receber a roupa do filho que se divorciou e a fazer-lhe o jantar quentinho. A mulher que serve o filho como se empregada fosse, reclama do marido participação nas actividades domésticas, faz birra quando não há mais mãos para limpar, amua quando ele não levanta a mesa. O filho chega e ela muda de postura, coitadinho, precisa da ajuda eterna e fedorenta que lhe proporcionará a dependência até à morte. São ainda capazes de mal dizer a nora exigente e preguiçosa. Ao filho homem cabe a tarefa de aproveitar a benesse. Sem esforço, vai fazendo dos dias um aglomerado de tarefas transferidas para quem julga ter obrigação.
As que afirmam que os homens são todos iguais, não assumem ser elas as responsáveis, desde o berço. Aos homens, cabe a vantagem de aproveitarem a situação. Não reclamam iguais direitos, não é preciso, as mães estarão sempre presentes, em frente ao fogão, para lhes provar que podem servi-los, mesmo quando a legítima o recusa.
Quanto a elas, insistem em separar duas realidades: a de mãe servil dos filhos e a de mulher que não sustenta ser servil do marido.
Contradições que não entendo são, ainda hoje, realidades vividas por mulheres que gritam a igualdade e vivem à margem dela porque querem. Vá-se lá entender este mundo!!

22.11.08

TERRAMOTO

Parece que hoje o sismo chegou à cidade. Homens que arrastam bonecos em forma de cadáver. Vítimas maquilhadas e gritos que se ensaiaram. Hoje o sismo é construção mental.
Espero não ter que fugir de casa por causa de terramotos. Desejo fugir aos da alma.

21.11.08

OUTRO QUALQUER FRUTO


Voltaram na noite seguinte. A música impediu-os de pensar. Entregaram as mãos a outros corpos e foram, sem vinho, procurar o sumo de outro qualquer fruto.

20.11.08

A TRANSPARÊNCIA DOS SUSPIROS

No canto, ao fundo, as pessoas riam. A mesa quadrada tinha a forma das conversas. Sempre que um copo chegava, o riso subia de tom. Todos estavam lúcidos, todos estavam bem. A noite chegou muito escura e o bar encheu-se de ausências. Saíram os que tinham dito verdades incómodas, deixaram em cima do quadrado da mesa, a transparência dos suspiros.

19.11.08

NAS TINTAS PARA O SISTEMA


O sistema, o monstro que ninguém vê mas implica com a vida de toda a gente, é entidade abstracta a quem não se pode telefonar e mandar à merda. Não é gente, não tem ouvidos nem boca para se defender, não tem estrutura física para levar um par de estalos nem inteligência emocional para podermos encetar com ele uma conversa. A aberração a que nos sujeita nas horas em que mais precisamos de levar a nossa vida em frente é pornográfica.
No banco:
- Desculpe, não temos sistema, terá que voltar mais tarde.
Na escola:
- O sistema foi abaixo, não se podem marcar faltas nem mandar cartas aos pais.
No hospital:
- Ficamos sem sistema há uma hora, temos que reiniciar os computadores, aguarde um pouco.
Outros sistemas se mantêm no plano da abstracção e não funcionam: o sistema político, o sistema jurídico, o sistema de saúde, o sistema educativo e o sistema financeiro. Confesso o meu ódio visceral aos sistemas, sejam eles quais forem. O mais importante sistema está doente. Não há mães nem pais com tempo para os filhos, a família desmorona-se, os petizes, por mais sistemas electrónicos que tenham instalado no quartinho, choram ausências.
Dizem que o sistema é o de trabalhar muito muito para sobreviver e não ter tempo para pensar. Os grandes do Clube Bilderberg estão em forma, prontos a furar qualquer sistema de organização, competência, exigência e rigor. Prontos para alterar estruturas emocionais sólidas, o sistema desses senhores já começou a estupidificar o povo que, cada vez mais, caminha para a ignorância. A escuridão do sistema mental das pessoas é terrífica, pensar por cinco minutos provoca profunda e irremediável exaustão. Poder sentar o rabo numa cadeira para reflectir sobre um livro tornou-se um luxo. Namorar é coisa rara. Rir começa a tornar-se suspeito.
É urgente correr, comprar muitos presentes de Natal, embrulhá-los bonitinhos, fazer figura social e não dizer palavrões. É obrigatório ser bonito, elegante, perfumado e magro, mesmo que não se tenha nada na cabeça. Não interessa, o sistema exige parecer. Apenas. A inteligência incomoda e atropela quem quer controlar, a capacidade de pensar é pormenor enfadonho, areia na engrenagem de um sistema filho da puta que só serve para nos tornar cada vez mais estúpidos. Desculpem os leitores que nunca, nas minhas palavras, leram grosserias. Estou a ser deselegante e politicamente incorrecta. Estou-me nas tintas para aquilo que o sistema me dita escrever. Que se lixe.
Se eu pudesse desligava o monstro numa noite de lua cheia. Instalava novo programa e deixava que o mundo se risse de tudo o que tinha ficado para trás.

18.11.08

DOBRAS E GRITOS (27)


Materializa-se o que não é dito. Quando os gestos tomam conta das palavras. Mudas.

17.11.08

PARA LÁ DO CORPO, O GRITO


Conversar sobre sexo, continua a ser constrangedor para alguns. Na literatura, na pintura, na música e no cinema, o tema deixa de se tornar extraordinário para passar a ser reflectido com a beleza que se exige ou que se esconde.
Deve, o apelo ao belo, pretender-se quando, de sexo, falamos com quem entende a atitude para lá do acto, o desejo para lá da matéria e o grito para lá do corpo.

15.11.08

18 - TOULOUSE LAUTREC


Nascido na nobreza francesa, possuía uma linha de ancestrais de nomes aristocráticos. Os seus pais queriam que o filho seguisse o mesmo caminho nobre de toda a família. Porém, desde jovem, Henri desprezava a opulência, considerando-a enfadonha.
Toulouse-Lautrec sofria de uma doença desconhecida na sua época, um desenvolvimento insuficiente de certos tecidos ósseos. O jovem não se deixa abater por tal infortúnio. Nos seus longos períodos de cama, faz desenhos e pinta aguarelas, abrindo espaço para o seu incrível talento.
Frequentador assíduo do Moulin Rouge e outros prostíbulos, o pequeno nobre acaba acomodando-se muito bem àquele ambiente. O tema principal das suas pinturas é a vida boémia parisiense.
Testemunha da vida nocturna de Montmartre, Henri não faz apenas pinturas, como também cartazes promocionais dos prostíbulos e teatros, fazendo-se presente na revolução da publicidade do século XIX.
A habilidade artística de Lautrec é bastante reconhecida, tanto pelos seus amigos da classe baixa quanto por críticos de arte. Em 1899, a vida desregrada e o excesso de álcool cobram o seu preço. Lautrec sofre de crises e é internado numa clínica psiquiátrica. Ao sair é constantemente vigiado para que não beba e não volte a frequentar os bordéis, vigilância que consegue burlar. A sua saúde vai-se deteriorando, até que em 1901 não é capaz de continuar a viver sozinho.
Henri despede-se de Paris com a certeza de que está com os dias contados. Sofre ataques de paralisia e quase não consegue pintar.

14.11.08

PEQUENEZ


Somos insignificantes, quando a música nos ensina a pequenez de quase todos os gestos.

13.11.08

PODE SER QUE PASSE

Estava aqui a pensar na necessidade, na urgência, na possibilidade avassaladora de poder partir depressa para perto das flores que crescem só para cima. Estava aqui a pensar na necessidade, na urgência, na avassaladora possibilidade de evoluir até rebentar. Vou deixar suspenso o pensamento, pode ser que me passe.

AO SOL


Depois descansamos ao sol, na areia onde a alma se estende, depois de tirar os sapatos.

12.11.08

A ALMA DE SALTOS ALTOS


A elevação feminina está, também, nos saltos altos com que calçamos a alma. Talvez os homens saibam disso e nem sempre percebam que, essa alma que desnorteia, é o bocado de vida que todas queremos só para nós.

11.11.08

10.11.08

LAMENTO

É lamentável que se publiquem mentiras como esta . Quem disse ao João Miranda que os professores têm liberdade de decisão quanto aos procedimentos de avaliação? Cuidado com as inverdades, deve informar-se antes de publicar.
É triste que se fale e se escreva de assuntos sobre os quais não se entende rigorosamente nada. Ao autor do post deixo a pergunta: terei eu que perceber o programa de matemática quando a minha formação profissional e académica é em literatura? Curioso. Mais uns passos e teremos engenheiros electrotécnicos a avaliar juristas.

LUZ MAIS BRANCA EM LISBOA


Lisboa é, para quem cá vive, a cidade que aconchega. O rio que canta à noite, o miradouro que esconde as conversas, o elevador que transporta os segredos, as ruas do Bairro que nos levam, de salto alto, ao fado escondido na esquina da D. Maria, mulher de um sapateiro que canta só para amigos.
Lisboa é cidade que domina. Sai-se depressa de casa para pegar na mão do lisboeta que mostra o sabor das tapas no bar de Santa Catarina. Vão-se as noites de palavras e gestos em frente a Santa Apolónia, na varanda do Lux, com copos gastos e líquidos lânguidos. O Tejo como testemunha. Sempre. Os passos, os olhos, o riso e todo o pranto que resta quando nos vamos embora.
A lua ilumina a cidade. A luz é muito mais branca do que, por certo, em outro lugar do mundo.

9.11.08

DEPOIS, CAROLINA


Nem sempre o uísque traz dissabores e, os sons do descontentamento, servem para o encontro entre o nada e a existência que fica, quando os outros vão para longe.

8.11.08

PARA AS MINHAS ALUNAS

Obrigada às minhas alunas. As que, um dia, me deram a conhecer esta música. Era o final de uma aula e as vozes fizeram-se ouvir. Sentidas. Beijinhos.

CAROLINA (3)


Sempre que os sons entravam pela porta entreaberta do quarto, Carolina percebia a necessidade do encontro. Entre si e a voz que a chamava para dentro do que está muito perto.

7.11.08

CAROLINA (2)


Na noite em que o malmequer morreu, Carolina estava só. Tinha bebido uísque sem cigarro. Carregou no botão do On perto de si e ouviu os sons do descontentamento.

6.11.08

CAROLINA (1)


A noite estava fria. Carolina vestiu a T-Shirt do malmequer já morto. Sentiu frio. Enrolou-se no passado e adormeceu. Quieta.

5.11.08

O ENCUNICRADO


(Carruço)

A palavra é invenção. Não consta em nenhum dos dicionários cá de casa. Por trás das palavras que se inventam estão, muitas vezes, factos ou pessoas. O encunicrado é hoje objecto de referência. Estão em todo o lado, eles e elas, nascem como cogumelos e pairam sem que o rasto desapareça. Os encunicrados da vida subsistem com um objectivo: encunicrar a vida dos outros. Vejamos:
1 – O encunicrado nunca entende que a culpa pode estar nele, prefere apontar a pistola ao mundo a ter alguma capacidade de auto-análise.
2 – O encunicrado não toma banho todos os dias. É normalmente alguém que prefere viver com o prazer do cheiro alheio por isso, cola-se às pessoas para sugar, pelas ventas, o aroma que nunca consegue ter.
3 – O encunicrado fala sistematicamente do passado. Reclama, cobra, faz listas, refere inúmeras vezes a mesma ideia e afirma a sua auto-estima por via da força verbal bruta.
4 – O encunicrado adora tecnologias. Passa horas em frente ao computador e manda por e-mail todas as tretas que recebe mas que não têm interesse algum.
5 – O encunicrado é chato, liga para coisa nenhuma e usa muitas palavras para dizer sim e não.
6 – O encunicrado casa sempre com uma encunicrada, a menina do bairro cujos pais deixaram sair de casa aos 30 anos para casar de véu e grinalda, com sapatinho forrado a seda.
7 – A encunicrada dorme com o encunicrado e, aos sábados, vão ao Continente com a lista das compras para, durante duas horas, discutirem os preços e as marcas da mercearia.
8 – O encunicrado estaciona sempre o carro em lugares arejados, com vista para o horizonte e dianteira para a saída.
9 – Deve-se ao encunicrado, a invenção das reuniões para nada e o dossier para coisa de espécie alguma.
10 – É sempre, o encunicrado que lixa a vida ao parceiro porque, a sua existência, depende do mau humor que consegue propagar. Complicar é um meio de subsistência, de sobrevivência e de auto-afirmação. Nunca se assume nem sabe o que isso é.
As palavras que se inventam dão sempre imenso arranjo quando se tem que escrever uma crónica. As criaturas que a elas se ajustam, aparecem no momento do puro exercício de materialização do conceito.

4.11.08

CONTENTES


O destaque pela positiva, no meio da maior menoridade, leva a preço muito alto: o do rótulo da arrogância. Ainda não entendi se, de facto, há arrogância na postura positiva e humorada face à vida. Talvez distraídos, os mais sorridentes, comandam uma certa forma de vida. Assumida ou distraidamente elevada.

3.11.08

17 - CARRUÇO




Nasceu na década de setenta em Lisboa. Segue uma vida académica ligada às Ciências Exactas, até decidir unir esta paixão à Arte, mais concretamente à pintura. Aceita encarar a pintura como actividade organizada em 2002. Em 2003, frequenta o Curso de Gravura da Cooperativa de Gravadores Portugueses e frequenta o atelier do artista plástico António Sem. Em 2004, inscreve-se e conclui o curso de Técnicas de Pintura Renascentistas da Angel Academy of Arts de Florença.
A sua produção artística espraia-se por diferentes estilos, orientados na busca de uma voz original no mundo da Arte. Essa voz está a chegar com uma nova corrente que designou de sinuosismo, inspirada nos saberes científicos do espaço curvo, do movimento perpétuo e outras inspirações da área da física.

1.11.08

"BATALHA CAMPAL"

Os Antónios escreveram um livro sobre as duas cidades mais cobiçadas do país. Parabéns, companheiros.