“Estamos tão habituados a olhar para fora de nós mesmos que perdemos quase inteiramente o acesso ao nosso eu interior, o qual nos aterroriza porque a nossa cultura não nos deu qualquer ideia sobre o que iremos encontrar. Podemos até pensar que nos arriscamos à loucura se o fizermos… e este é um dos últimos e mais habilidosos truques do ego para evitar que descubramos a nossa verdadeira natureza.”
30.6.10
VERDADEIRA NATUREZA
“Estamos tão habituados a olhar para fora de nós mesmos que perdemos quase inteiramente o acesso ao nosso eu interior, o qual nos aterroriza porque a nossa cultura não nos deu qualquer ideia sobre o que iremos encontrar. Podemos até pensar que nos arriscamos à loucura se o fizermos… e este é um dos últimos e mais habilidosos truques do ego para evitar que descubramos a nossa verdadeira natureza.”
29.6.10
28.6.10
26.6.10
ALMA FRIA
- De duas formas: mastigando e ouvindo as suas perguntas.
25.6.10
CONDIÇÕES
24.6.10
MARESIA
23.6.10
ATRÁS DA PORTA
Despe o casaco e respira fundo. O silêncio da casa é interrompido pela campainha da
22.6.10
21.6.10
DOBRAS E GRITOS (40)
20.6.10
CHEGADA
Chegar a Lisboa ao final da tarde de Domingo é como chegar perto de um copo com água em momento de sede. Esta cidade chama-me. Todos os dias.
19.6.10
PORQUE SIM
Os parágrafos sucediam-se com conteúdo e forma. Bonitos. Luísa arrepiava-se, colocava a sensibilidade acima do entendimento e a beleza acontecia.
Depois ficavam as mãos e o grito. A ponte era percorrida.
18.6.10
MORREU JOSÉ SARAMAGO
"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma."
Revista do Expresso, Portugal (entrevista), 11 de Outubro de 2008
16.6.10
A OBRA DO AMIGO
Um dia, com o cigarro aceso e o sorriso aberto disseste-me: "não sejas burguesa". Recordo com saudades as palavras que me ofereceste. Com cigarro e sem cigarro. Porque os amigos ficam, mesmo quando se sabe que estão a criar longe. E muito bem!
15.6.10
AMOR É ESTRADA PLANA
Grant Wood
Porque o amor é aquela coisa bonita que acontece quanto duas pessoas deixam a sua natureza falar. Uma ouve a da outra e responde sim, sem desconforto. Porque o amor é tão plano quanto a estrada que vai para o Alentejo. Desliza-se sem mágoa quando se entende tudo o que se vê na linha do horizonte e quando se sente o corpo cheio de contentamento.
14.6.10
LORD HENRY (1)
Georges Seurat
"- Quando uma velha senhora cora, não é nada bom sinal. Ah, Lord Henry, quem me dera que me dissesse como rejuvenescer.
- Recorda-se de algum pecado terrível que tenha cometido no seu tempo de juventude, Duquesa?- Receio bem que tenham sido bastantes
- Então volte a cometê-los. Para recuperar a juventude, basta repetirmos as nossas loucuras."
Oscar Wilde; O Retrato de Dorian Gray
13.6.10
12.6.10
SIMPLE THINGS
11.6.10
LORD HENRY
"Não existem boas influências, Mr. Gray. Todas as influências são imorais, imorais de um ponto de vista científico.
- Porquê?
- Porque influenciar uma pessoa é dar-lhe a nossa própria alma. O indivíduo deixa de pensar com os seus próprios pensamentos ou de arder com as suas próprias paixões. Os seus pecados, se é que existe tal coisa, são tomados de empréstimo. Torna-se o eco de uma música alheia, o actor de um papel que não foi escrito para ele. O objectivo da vida é o desenvolvimento próprio, a total percepção da própria natureza, é para isso que cada um de nós vem ao mundo."
Oscar Wilde; O retrato de Dorian Gray
GARDEN
Talvez Luísa se sente num banco de jardim em Lisboa. Talvez encare a hipótese de uma palavra nos olhos de quem não vê. João não sabe se gosta de jardins, mas entende-a.
10.6.10
9.6.10
DIA SEGUINTE
8.6.10
MELODIAS E PALAVRAS
Às vezes, o dia tem chuva. Quando o calor faz as noites secas, depois da chuva ir embora, respira-se tudo de uma vez, para não perdermos nem as palavras nem as melodias.
7.6.10
SEM ROSTO
6.6.10
O DIA ANTERIOR
Wild Horses
João descansou. Percebeu que alguma coisa se podia tornar numa espécie de desafio caloroso que ele ia manter porque sim. João era concentrado. Atento. Depois de escrever um e-mail, encostava-se na cadeira e olhava para o tecto atrás de si, pensando: Onde é que esta mulher estava em 1984 e que sonho tinha em 76?