Numa noite em que o calor tomava existência no escritório, Luísa encontrou uma alma redonda e clara. Escrevia palavras com jeito.
Os parágrafos sucediam-se com conteúdo e forma. Bonitos. Luísa arrepiava-se, colocava a sensibilidade acima do entendimento e a beleza acontecia.
Depois ficavam as mãos e o grito. A ponte era percorrida.
Hoje, enquanto escreve, pensa num presente bonito. E grita alto aos que a ouvem: as palavras não escritas são, muitas vezes, o desassossego e a respiração que se trava porque sim.
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