Amanheceu. A
lucidez ficou dentro da bolsa de fora de uma mochila cheia de esperança. O fecho
abre-se todos os dias porque são todos, os dias da busca e do caminho. Não
fossem as pernas falhar de vez em quando haveria sempre certeza. Que falhem,
para que se entenda a importância do recomeço.
20.2.13
19.2.13
Escuro
O escuro lá fora tem a clareza da
ideia, a solidez do conceito e a beleza do conhecimento. O escuro lá fora
empurra sempre para a lucidez, por isso vou busca-la, antes que amanheça.
12.2.13
9.2.13
8.2.13
As três peneiras
"Um dia um discípulo foi ter
com o seu mestre e confidenciou:
- Mestre, tens de saber o que andam a dizer de ti.
- Espera, interrompeu o mestre - passaste a mensagem pelas três peneiras?
- Três peneiras? perguntou o discípulo espantado.
Sim, três peneiras. Vejamos se o que me queres dizer pode passar pela primeira peneira: tens a certeza de que é verdadeiro?
-Ouvi dizer....
- Falemos então da segunda peneira. O que me queres contar, embora não seja propriamente verdadeiro, é qualquer coisa de bom?
- Não, parece-me que não é nada de bom para ti.
- Adiante. Usemos a terceira peneira e vejamos se é útil o que me queres contar.
- Útil? Sinceramente não sei.
- Então escuta - disse o mestre - se o que tens para me dizer não é verdadeiro, nem bom, nem útil, eu prefiro não o saber. E tu deves aprender a estar calado."
- Mestre, tens de saber o que andam a dizer de ti.
- Espera, interrompeu o mestre - passaste a mensagem pelas três peneiras?
- Três peneiras? perguntou o discípulo espantado.
Sim, três peneiras. Vejamos se o que me queres dizer pode passar pela primeira peneira: tens a certeza de que é verdadeiro?
-Ouvi dizer....
- Falemos então da segunda peneira. O que me queres contar, embora não seja propriamente verdadeiro, é qualquer coisa de bom?
- Não, parece-me que não é nada de bom para ti.
- Adiante. Usemos a terceira peneira e vejamos se é útil o que me queres contar.
- Útil? Sinceramente não sei.
- Então escuta - disse o mestre - se o que tens para me dizer não é verdadeiro, nem bom, nem útil, eu prefiro não o saber. E tu deves aprender a estar calado."
7.2.13
Céu
Olhar
para o céu é uma forma de dizer à vida que os pés servem para percorrer o
caminho, as mãos para agarrar o presente e a cabeça para ser inclinada para o
alto. Olhar para o céu é uma forma de entender que, lá, pode estar todo o
silêncio que o corpo não encontra com os olhos postos no chão.
6.2.13
Improváveis
A noite
fria colocou a Susana em frente ao improvável. Se, no início, a conversa
parecia cómica, no fim, a coisa caminhou para o ridículo. A Susana veio-se
embora com os pés frios e a certeza de não querer voltar a um improvável paranóico.
Para a psiquiatra que acredita em amores e vive-os como se o amanhã não
existisse, a noite não foi senão uma forma de entender que há gente que não
vale a pena, por isso, levantou-se para buscar a improbabilidade em lugares
mais quentes.
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