A noite
fria colocou a Susana em frente ao improvável. Se, no início, a conversa
parecia cómica, no fim, a coisa caminhou para o ridículo. A Susana veio-se
embora com os pés frios e a certeza de não querer voltar a um improvável paranóico.
Para a psiquiatra que acredita em amores e vive-os como se o amanhã não
existisse, a noite não foi senão uma forma de entender que há gente que não
vale a pena, por isso, levantou-se para buscar a improbabilidade em lugares
mais quentes.