Não
vou ser mais que aquilo que sou, sê-lo significaria explodir. Ser mais do que sou é como ter mais tralha do que
espaço, saltar por cima, tropeçar e cair, fazer do espaço um atafulhamento de
mim. Não vou ser mais nem menos do que sou porque a balança deve estar com o
fiel afinado, arranjado, equilibrado, pacífico e absolutamente ele. E agora? Não
cresço? Agora cresço com o que faço a partir do que sou, sem transbordar o tacho
que me deram e com o qual cozinho os ingredientes que invento. É só isso? É muito.
Tiago Taron |
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