Aquilo que deveria ser entendido como prioridade é posto de lado, como sarna nojenta a que alguns se apegam para incomodar outros. A verdade, a estúpida verdade que afronta os incompetentes, os mentirosos, os hipócritas e os cobardes.
Dias cheios de verdade na garganta. Olhar de soslaio para quem a diz. As palavras servem para dizer, para pôr na mesa o que acontece, para mexer nos dias dos que fazem pouco mais que fingir. Andamos todos a fingir. Fingimos que somos felizes, fingimos que temos dinheiro, fingimos que a paz é real e fingimos que trabalhamos. Curioso: todos sabemos dos fingimentos uns dos outros e todos continuamos debaixo da mesa, à procura da verdade que não dizemos.E quando a hora chega, quando a garganta traz para fora a verdade que se esconde, todos olham para quem a diz, como se a pecar estivesse. Cambada.
2 comentários:
Ainda assim, há, na própria mentira, uma verdade!
Mabel
Á verdade não existe, objectivamente. Os factos, esses, demonstram as verdades que todos vamos tendo. Efémeras, é certo, mas verdades. Na mentira encontro apenas a não coincidência com os factos, não consigo encontrar verdade alguma. A não ser que acredite na mentira. E isso é demência :)
Beijinhos
Enviar um comentário