Era
uma vez uma marioneta descontente. As mãos que a comandavam não estavam à altura
dos seus movimentos porque eram pouco sábias. Com todo o instinto da força
posto em gestos descoordenados e feios, a marioneta fazia o que os donos das
mãos queriam que fizesse. Um dia, consciente de um comando incompetente, cortou
os fios com os dentes e percebeu que, sozinha, podia resistir. Acordou com a
leveza das decisões difíceis e o descontentamento transformou-se em grito
dobrado e aceso.
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