Ficam longe do tempo. O local escolhe-se com critério e o espaço é decorado com desejo e prazer entranhados.
Montes no Alentejo são lugares de paragem. Como os beijos, escolhem-se os momentos da entrega e da troca. Colocam-se os corpos a jeito de um qualquer sentido desmedido e vamos, sem rede, até onde o calor esbarra.
Saindo de Lisboa a tempo de uma viagem directa ao beijo esperado, o monte aguarda-nos sem expectativas. Conhece-nos e acolhe-nos, entre as grossas paredes de pedra gasta e a rede do alpendre, aquela que ofereceu amor eterno. Esticam-se os braços e a boca espera-nos, como as oliveiras que espreguiçam a saudade. A viagem é bonita porque, como o beijo, lenta e profunda. Olham-se estradas encurtadas pela ânsia de ver a fonte e o alecrim que se põe nas mãos para que cheirem bem.
Longe do tempo, beijos são marcas de apetite sem hora, como os montes que aguardam pessoas para o leito, o quente da lareira e o duche de frente para a planície. Depois do corpo e do cheiro, depois das palavras, do grito, do espasmo, do suor e devaneio, o monte no Alentejo transforma em canção, todos os livros e todos os chás de menta divididos debaixo da lua.
Montes no Alentejo são tempos longos, casas com história e beijos eternos. Colocamos em cima de um prato de comida quente, duas margaridas brancas, sorrimos para o beijo que queremos urgente e percebemos que, no Alentejo, as horas são viscosas, duram o tempo do corpo deitado em arco, sempre que o mundo dá azo à imaginação e à viagem mais pura da vida.
Beijos são como montes no Alentejo. Esperam-nos sempre que estamos despertos e quentes.
Montes no Alentejo são lugares de paragem. Como os beijos, escolhem-se os momentos da entrega e da troca. Colocam-se os corpos a jeito de um qualquer sentido desmedido e vamos, sem rede, até onde o calor esbarra.
Saindo de Lisboa a tempo de uma viagem directa ao beijo esperado, o monte aguarda-nos sem expectativas. Conhece-nos e acolhe-nos, entre as grossas paredes de pedra gasta e a rede do alpendre, aquela que ofereceu amor eterno. Esticam-se os braços e a boca espera-nos, como as oliveiras que espreguiçam a saudade. A viagem é bonita porque, como o beijo, lenta e profunda. Olham-se estradas encurtadas pela ânsia de ver a fonte e o alecrim que se põe nas mãos para que cheirem bem.
Longe do tempo, beijos são marcas de apetite sem hora, como os montes que aguardam pessoas para o leito, o quente da lareira e o duche de frente para a planície. Depois do corpo e do cheiro, depois das palavras, do grito, do espasmo, do suor e devaneio, o monte no Alentejo transforma em canção, todos os livros e todos os chás de menta divididos debaixo da lua.
Montes no Alentejo são tempos longos, casas com história e beijos eternos. Colocamos em cima de um prato de comida quente, duas margaridas brancas, sorrimos para o beijo que queremos urgente e percebemos que, no Alentejo, as horas são viscosas, duram o tempo do corpo deitado em arco, sempre que o mundo dá azo à imaginação e à viagem mais pura da vida.
Beijos são como montes no Alentejo. Esperam-nos sempre que estamos despertos e quentes.
Cinema Paradiso
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