Há silêncios bonitos e silêncios feios. Há ausências bonitas e ausências feias. Há amores bonitos e amores feios. Há amizades bonitas e amizades feias. Há relações bonitas e relações feias. Tudo depende do ângulo com que se vêem as coisas e do enquadramento em que se vivem. Tudo depende da posição do corpo e da forma que a alma tem.
2 comentários:
Ah... como tudo está cá dentro!!!
quase tudo...
ó vejemos: dos silêncios, amores e relações, fácil é alcançar-se o dicotómico
porémmente, dir-se-ia pairar a amizade acima do pusilânime
silêncio cúmplice, delicado ou piedoso, poderá ser bonito; feio o canhestro, o de carneiro mal morto ou o acusador - e mais todo aquele que o Padre Vieira denunciava, se afirmava que muitas almas irão para o inferno pelo mal que fizeram e muitas mais pelo que calaram, então claramente enunciando o dolo omissivo
belo é o amor são, os amores sem razão nem explicação, os do coração, de um só intenso momento ou duradouros até ao morrer, os involuntários e o Amor; feiamor é o ciumoso, destrutivo e fatalístico, pois a possessividade amorosa descamba amiúde e é o que se sabe, mesmo se se não vê
bonitas as relações companheiras, de mão dada, frutíferas para além do bem e do mal, assentes no respeito mútuo, no consentimento informado, as dos bons sentimentos, as metafísicas, as espirituais, as que florescem das emoções e buscam a virtude, as que crescem reciprocamente, as solidárias, as altruístas em geral; mas que feias as relações interesseiras, movidas a pedraria ou metal, a toda a matéria vil, drenadas a bílis, recheafas de fel, as dissimuladas, a reserva mental, as das pequeninas alíneas contratuais, as leoninas que tais, ardilosas, malquistas, politiqueiras e outras sem sais
mas a amizade, senhor(a), porque lhe dais tanta dor, porque a classificais assim?
ou é amizade ou não é
amizade é por natureza bela, dispensa retribuição ou qualificação, inaplicável a quem se abeira na festa e cheira os tostões
é!
amizade é bonita e ponto
;_)))
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