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O Natal este ano pode ser
bem mais frio, frio por dentro dos desejos. As esperanças arrefecem e os portugueses
contentam-se com o que lhes é permitido adquirir, pouco mais que um saco
ligeiro de presentes adiados. As lojas recheiam prateleiras que vão ficar com
quase tudo, porque as parcas carteiras restam no fundo de malas antigas, as que
se compraram com o contentamento que fugiu.
O Pai Natal continua a abrilhantar
a época, coitado, está sempre velho e com o cansaço herdado das desilusões
acumuladas ao longo de décadas. Que fique o sentimento da partilha, da
solidariedade, do convívio familiar que ultrapassa e se eleva para longe das
compras impossíveis. Que reste o espírito, a atitude e a vontade de festejar
perto dos que precisam do calor de um abraço, livre de sacos e laços.
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