25.10.10

LONGE DAS GAIVOTAS


Desculpa. O mar continua azul demais e eu continuo sentada. Entre as palavras que lês tomei um duche, esfreguei o cabelo com força, pus creme gordo nas pernas e viajei. Sem maresia, o meu nariz mantém um aspecto mais saudável. Desculpa. Estava chuva demais para poder continuar a história que comecei perto das gaivotas. Voltei a casa porque não aguentei o voar delas. Apercebi-me que não tinha asas e acelerei em cima do alcatrão molhado até ao sítio dos humanos de pés no chão e olhar num horizonte que não conseguem perceber.

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