À afirmação recuso veracidade. À ideia proponho justificação. São as mulheres mães, que assumem responsabilidade no acto exagerado de mimar os filhos homens. O filho futuro homem, o que se ajuda a crescer, parece sempre diferente, protegido de qualquer crítica. O mimo que se lhe dedica acaba por reverter a desfavor.
São as mulheres mães que educam os homens, são elas que lhes proporcionam o entendimento do mundo feminino. Quando o tempo passa e as mães deixam de lavar a roupa e fazer a cama, os petizes-homens, não adquirem competências nem independência. A servil mãezinha está sempre lá para colocar as cuecas na máquina. A que julga que amar é servir, continua a receber a roupa do filho que se divorciou e a fazer-lhe o jantar quentinho. A mulher que serve o filho como se empregada fosse, reclama do marido participação nas actividades domésticas, faz birra quando não há mais mãos para limpar, amua quando ele não levanta a mesa. O filho chega e ela muda de postura, coitadinho, precisa da ajuda eterna e fedorenta que lhe proporcionará a dependência até à morte. São ainda capazes de mal dizer a nora exigente e preguiçosa. Ao filho homem cabe a tarefa de aproveitar a benesse. Sem esforço, vai fazendo dos dias um aglomerado de tarefas transferidas para quem julga ter obrigação.
As que afirmam que os homens são todos iguais, não assumem ser elas as responsáveis, desde o berço. Aos homens, cabe a vantagem de aproveitarem a situação. Não reclamam iguais direitos, não é preciso, as mães estarão sempre presentes, em frente ao fogão, para lhes provar que podem servi-los, mesmo quando a legítima o recusa.
Quanto a elas, insistem em separar duas realidades: a de mãe servil dos filhos e a de mulher que não sustenta ser servil do marido.
Contradições que não entendo são, ainda hoje, realidades vividas por mulheres que gritam a igualdade e vivem à margem dela porque querem. Vá-se lá entender este mundo!!
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