Lisboa é, para quem cá vive, a cidade que aconchega. O rio que canta à noite, o miradouro que esconde as conversas, o elevador que transporta os segredos, as ruas do Bairro que nos levam, de salto alto, ao fado escondido na esquina da D. Maria, mulher de um sapateiro que canta só para amigos.
Lisboa é cidade que domina. Sai-se depressa de casa para pegar na mão do lisboeta que mostra o sabor das tapas no bar de Santa Catarina. Vão-se as noites de palavras e gestos em frente a Santa Apolónia, na varanda do Lux, com copos gastos e líquidos lânguidos. O Tejo como testemunha. Sempre. Os passos, os olhos, o riso e todo o pranto que resta quando nos vamos embora.
A lua ilumina a cidade. A luz é muito mais branca do que, por certo, em outro lugar do mundo.
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