Vigiar um exame é ter de permanecer inerte durante 150 minutos. Só os olhos podem afirmar existência. Produz-se vigia.
Um estado de falsa embriaguez aparece ao fim de 60 minutos de alerta silencioso. Depois boceja-se e pede-se que o tempo ultrapasse a consciência numa urgente corrida para fora dali.
4 comentários:
O tempo sentido é doce ou amargo consoante o vivido. Viver vigilâncias é duro! ;) como sempre, muito bem! ;)
ora bem... o tempo é o movimento perpétuo da consciência e ali, em vigilância, a consciência pára de aflição. ahahahhahaha
mas o tempo não ultrapassa a consciência, não tem essa capacidade, apesar da nossa vontade algumas vezes.
Mas o tempo serve para repousarmos o corpo na sua linha infinita de moléculas, até que um sopro lhes retire a energia e a linha se quebre.
Carlos: O tempo é o movimento da consciência, objectivamente não existe. Não ultrapassa a consciência, claro, mas nós, os que vigiamos exames, pedimos que aconteça:))
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