7.5.09

ACTO


Cargaleiro

Nenhum de nós arriscava ir ao sótão ver as memórias e as imagens. Todos os dias eram novos. Urgente eternizar o amor, fazer aparecer o céu inventado e receber as palmas das gaivotas na praia. Era urgente molhar os pés no mar e dizer coisas quentes que demoram a acontecer porque, todos os dias precisam de vida para se fazerem sentir. Não podia haver quietude, a única coisa que permitia a vida era o acto.

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