22.1.08

ANJOS QUE DANÇAM


(Pollock)

Depois de algumas reflexões sobre o novo sistema de avaliação dos professores, apetece-me fazer dançar os anjos. Afinal, sabemos que, nem sempre, conseguimos fazer da vida aquilo que queremos. Julgo que hoje, os professores do nosso país (refiro-me aos que gostam de ensinar), se deparam com uma questão fundamental, a saber: a escola deixou de ser um lugar de conhecimento para passar a ser um lugar de entretenimento pseudo-cultural. Desta forma, ou os professores se adaptam a uma avaliação desajustada e perversa, ou saem para defender a dignidade que estão prestes a perder. Aos que ficam (por gosto ou necessidade), que façam dançar os anjos a fim de sobreviverem física e psiquicamente. Aos que saem, a melhor sorte do mundo. É urgente salvar a nossa individualidade. Se não o fizermos com inteligência e sentido crítico, não só os anjos não dançam como ainda se corre o risco de uma necessidade urgente de terapia. É uma questão de saúde pública.

2 comentários:

sinédoque disse...

Assino por baixo, com conhecimento de causa.

Um beijo solidário

principezinha disse...

O desânimo aumento a cada dia que passa. O descrédito à nossa profissão e à nossa dignidade também. A sala de aula deixou de ser o palco em que o professor se entregava à partlha do seu conhecimento e dos seus alunos e consigo convidava estes espectadores a entratrem nesta viagem. Somos de facto meros passadores de notas e reflectores de sucessos aparentes. Haja paciência...

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