8.11.10

ESPAÇOS


Juarez Machado

Fechou os olhos devagar. As pálpebras tocaram no fundo de si. Gemeu. Ficou quieta à espera de poder sentir tudo. O silêncio era imperativo. As mãos enrolaram todos os sentidos e o corpo curvou-se para dizer Sim. Ao mesmo tempo que a porta se fechou, os olhos abriram-se para o espaço que estava em cima da mesa. Pegou nos ombros e na cabeça e ergueu-se. O silêncio tinha deixado de existir.

4 comentários:

-pirata-vermelho- disse...

Faz-me sempre confusão ler coisas numa terceira pessoa singular que se confunde com um sujeito indefinido mas sugere um sujeito presente.

Dobra disse...

È verdade, caro Pirata... confusões das quais devemos fugir para que o incómodo não se instale.

-pirata-vermelho- disse...

Então... fujo
e resta-me o indiciado sujeito indeterminado
ou
acabo por acabar no intuído sujeito presente?

Dobra disse...

Deixo ao seu critéio a fuga que lhe aprouver :)

Enviar um comentário