Estou sentada, o candeeiro tem uma lâmpada pequena e eu faço um esforço para te escrever. Chove muito lá fora. Vim passar uns dias ao pé do mar mas acabei por ligar o aquecimento e a lâmpada de um candeeiro velho. Fiquei em casa a construir frases. O mar está azul demais para que o possa entender. As ondas desapareceram e eu não sei se alguém é meu vizinho. A avaliar pelo silêncio, julgo que apenas a poucos quilómetros poderia encontrar com quem jantar. Tenho medo de existir. Está frio e o meu nariz fica vermelho de raiva quando o vento e a maresia se misturam para uma visita.
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