Paul Klee
As mãos que comem são as mãos que limpam. As mãos que trabalham são as mãos que mexem. As mãos são sempre ferramenta para tudo. Agarram pessoas, copos, cabelos, roupa, lixo, livros e talheres. Levam à boca o alimento e tiram da porta as chaves de casa. Carregam na campainha e ligam o telemóvel. As mãos que pegam no gel, espalham-no pelo corpo, coçam as costas vazias de medo e penteiam cabelos desconexos. São instrumentos de chegada e de partida. Mãos. Lugar que, no corpo, ocupa espaço sempre descoberto, mesmo quando as luvas tapam afazeres.
3 comentários:
e é agora com as minhas mãos que te digo que gostei.
Obrigada, caro anónimo. Lamento não poder tratá-lo(a) pelo nome mas é o preço que se paga quando se abrem comentários a quem não quer, não pode ou não consegue identificar-se. E com as mãos me despeço.
ou simplesmente se esquece que o IP pode não ser identificado...
bjns,
ricardo (será necessário acrescentar "o teu leitor improvável"?)
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