Destapou a
cara com a violência que tinha posto no abraço. Empurrou-a com a leveza do
desejo e disse-lhe: fica quieta enquanto eu te quero. Calado lhe mostrou os
gestos, os nomes e os movimentos. Calado, fez dela objeto de gozo. E ela deixou.
Deixou os braços e as pernas e o corpo inteiro para o seu silêncio. Deixou a
quietude fora da porta para que pudesse, com os braços e as pernas e o corpo
inteiro, dizer muito mais que um líquido. Calado lhe mostrou que a vida começa
e acaba onde os olhos querem.
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