Paula Rego |
Dias inteiros de trás para a frente,
sem saber se o lugar que está atrás é melhor que o lugar que está à frente.
Dias de dúvida e desatino. Mãos postas em palavras estáticas e voz muda em lugares
secos. Dias sem sequer ter vontade, esse monstro interior que procura objetivo
e não encontra mais que parede. Noites de sono profundo e inútil, quando o
querer tem os músculos moles e os risos se enterraram no tédio.
2 comentários:
Há " dias inteiros" assim...
Vale, acima de tudo, haver quem no-los saiba descrever tão bem!;)
Sempre generosa, esta miúda. Bjs
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