Maria Inês Ribeiro da Fonseca nasceu em 1926.
Teve uma infância cosmopolita, seguindo as colocações do padrasto, o diplomata Jorge Rodrigues dos Santos. Até aos 20 anos, conheceu Buenos Aires, Estocolmo, Paris, Suíça e Roma.Em 1946, casou com Ruy Leitão, e mudou-se para Washington, onde residiu até 1949.
Menez nunca frequentou qualquer escola de arte, tendo começado a pintar por iniciativa própria aos 26 anos. O escritor Ruben A., que era seu amigo, apresentou-a em 1954 a José Augusto França, que dirigia nessa época a Galeria de Março, onde realizou a sua primeira exposição individual, de óleos e guaches.
A crítica de então referia-se ao seu expressionismo lírico e abstracto de influência francesa e atribuía a Menez autoria fundadora desta tendência em Portugal.
As obras desta época afirmavam-se por um sentido agudo da luz e da cor, em composições abstractas onde as vagas geometrias introduziam um ritmo exclusivamente plástico na abstracção. A influência de Vieira da Silva, marcante para a geração de Menez, era evidente nestas primeiras obras, mas também as de Bonnard, Rothko e Matisse.
Em 1990 é-lhe atribuído o Prémio Pessoa.
São muito conhecidos os trabalhos deste período, correspondendo à encomenda que Menez recebeu para a realização de painéis de azulejos para a estação do Metropolitano de Lisboa da Rotunda. Esses painéis, que retomam a antiga monocromia oitocentista do azul e branco, desenham, sobre as paredes do átrio principal da estação, cenas relacionadas com a vida do Marquês de Pombal e alguns acontecimentos e personagens marcantes do seu tempo. Menez adapta à pintura o desenho em monocromia (azul, laranja, sépia, por exemplo), que aplicou em cenas de grande teatralidade, de onde a paisagem quase desaparece.
Morreu em 1995.
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