16.2.09

JAMES


James era um homem muito novo. Não chegara aos quarenta. Sabia a importância da ficção, quando a realidade se movimentava ao ritmo da vida dispersa. Tinha, em si, o desejo de mudança. Reuniões, negócios, gravatas, trocas comerciais e fatos engomados, faziam-no entender o valor da arte acima do enfado cinzento e monótono de uma vida profissional insonsa. Não conhecia Luísa, apenas a sombra de uma história pequena lhe ocupara os dias de um fim-de-semana de Inverno.
László era outro alguém, a quem James tinha emprestado existência, no instante de um flash fotográfico.

3 comentários:

Anónimo disse...

Luisa nunca conheceu James pessoalmente, mas ele existe. James, tal como László, possuem existências fundidas num único desejo, o de mudança.

Anónimo disse...

Obrigada,
pela partilha das belas emoções e desejos profundos, tão comuns aos muitos "James" e "Luisa's" desta vida.
É bem verdade que entre a realidade e a ficção a linha é, muitas vezes, ténue.
Boa sorte.
Estou a adorar ler os dois lados do mesmo caminho.

Anónimo disse...

Obrigada Ana.

Enviar um comentário