2.5.11

DOBRAS E GRITOS (51)

Fugir para longe do que não se conhece é colocar debaixo da mesa uma realidade que, fora do nosso alcance, se nega com todo o empenho e cobardia.

8 comentários:

-pirata-vermelho- disse...

(para longe do que não se conhece OU fugir do que não se conhece?)
...e que também ia consigo, em si, para longe.
Contextualizada, o que é a cobardia?

Anónimo disse...

Caro Pirata:
Fugir para longe do que não se conhece é, parece-me, fugir do que não se conhece. O "para longe" é uma espécie de reforço linguístico :)
A cobardia é uma fuga à realidade e, neste caso à "quase realidade".

sky.reader disse...

Esconder o lixo debaixo da alcatifa cria monturo.
Fugir é medo,é rastejar,é se cobarde.
Que se aplique a frase do General Cmbrone em Waterloo.

Uma disse...

Independentemente da forma do acto, quer construindo muros intransponíveis, quer colocando debaixo da mesa, ou independentemente de fugir da uma realidade ou de uma fantasia, a fuga é sempre um acto de cobardia. Às vezes são precisas tempestades que derrubem muros ou levantem tampos.

-pirata-vermelho- disse...

Sra D. Uma,
julgo que a fuga é uma acção de ordem técnica e pode ser elemento da táctica ou da batalha.
Pressupondo que sabe do que fala, quando é praticou a cobardia ou o seu contrário?

Uma disse...

Senhor Pirata,

Agradeço a correcção do vocábulo. Sou leiga em matéria de palavras. :-)
Fujo quando abafo os gritos do corpo e do espírito. Fujo quando não arrisco.
Fujo quando me escondo. Fujo quando não quero aceitar.
Fujo quando tenho medo de enfrentar a coragem!
Todas estas circunstâncias são actos de cobardia.(estará mais correcto assim?) :-)

-pirata-vermelho- disse...

Foge quando abafa os gritos que a dilaceram - é fuga.
Foge quando não arrisca - se diz que foge é fuga; não arriscar pode não ser.
Quando se esconde evita o confronto; não é fuga;
Quando não quer aceitar exerce o seu livre arbítrio e também não é fuga.
Quanto à coragem, tal como a cobardia não está ainda definida, claramente... fora de um contexto espacífico.

Parece-me que nem poética se torna, a evocação do peso do pressuposto.
A cobardia seria um acto vil, independentemente de se tratar de fuga ou de ataque?
Só por ser vil seria então cobardia mas! então, ficávamos a precisar de uma noção de vilania e começava tudo outra vez.

Proponho que se apague a noção de cobardia por parte de quem não conhece o medo profundo, repetido e banalizado.

Uma disse...

Discordo da análise que fez. Em todas as situações o medo está latente. Uma mera opinião, e vale o que vale.
Obrigada pelo desafio.
Obrigada Dobra, por este espaço.

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