Depois do cansaço
sentou-se na cadeira da sala escura com quadros na parede. A cadeira era velha,
os quadros falavam e a sala tinha mais de trinta anos. Sentiu a preguiça
invadir-lhe as pernas e ficou. Parada. Abriu os olhos e viu que o escuro era igual
ao do dia anterior.
Os escuros não são
todos iguais mas aquele era tão particular que preferiu vê-lo com calma.
Encontrou todos os fantasmas lá dentro, conversou com eles, serviu-lhes água
fresca e riu de tudo muito alto.
Quando o som do telemóvel
a fez saltar da cadeira velha numa sala escura com quadros que falam, bateu com
o nariz na mesa e gritou, muito antes de ler a mensagem desfasada da sua
realidade.
3 comentários:
... até me doeu
:-)
:)
"Os escuros não são todos iguais"... realmente não são ;)
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