11.5.11

CARTA À LUISA

“Luísa, ainda bem que ficou a construir frases. Não tenha medo de existir... peça à Dobra que a deixe sair...Que tal continuar a construir frases? Depois, bem, depois - quando a tempestade acalmar - procure no silêncio o barulho de alguém... Ainda que esse alguém esteja a ‘poucos quilómetros’ de distância.
Ó Dobra deixe a moça viver! Faça lá esse favorzito!”
Beijinhos

Cara leitora;
Devo agradecer as palavras. Vou coloca-las frente ao espelho. Luísa é uma mulher corajosa, só tem medo de existir nos dias curtos de Inverno, depois avança para o mundo com o sol e o vento. Um dia correu muito depressa e magoou o braço direito mas percebeu que podia cura-lo com o esquerdo, foi o que fez. “Procurar no silêncio o barulho de alguém” é muito bonito. Deixe-me dizer-lhe uma coisa importante: os barulhos que encontramos em cartas como esta são sementes que precisamos colocar na terra para que floresçam. Agradeço-lhe tanto que lhe deixo um presente. Espero que goste. Beijinhos.


5 comentários:

Anónimo disse...

;) Obrigada!

Anónimo disse...

Eu é que lhe agradeço sabe porquê? ajuda-me a pensar e isso é importante e urgente :)) beijinhos.

Uma disse...

«La relation entre l'écrivain et ses personnages est difficile à décrire. C'est un peu la même qu'entre des parents et des enfants.»

Marguerite Yourcenar

Concordo "deixe a moça viver..." e que estes "barulhos" ecoem em si.

Anónimo disse...

A moça está viva, bem como a Teresa, o Pedro, a Maria... todos os que aqui habitam porque falam. Sempre vivos :))

Anónimo disse...

Si Marguerite l'affirme, je n'aurai qu'à le confirmer ;)

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